quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O Ridículo ou a Verdade


A maneira mais fácil de tirar o crédito e a seriedade de alguma coisa é ridicularizar ela, observe como as pessoas fazem isto o tempo todo. Nos meus tempos de escola havia um garoto chamado Gabriel, não havia realmente algo que chamasse atenção para ele com exceção de suas notas sempre altas, Contrário ao que pensava quando garoto hoje percebo que Gabriel não era um gênio, muito menos mais inteligente ou capaz de que qualquer um de nós, ele apenas descobriu primeiro que todos nós, que o esforço e o trabalho leva ao sucesso.
Em um instinto quase natural os outros alunos da sala procuravam a todo custo diminuir e ridicularizar Gabriel, sempre que suas notas se destacavam, sempre que o mérito aparecia, tentavam diminuir seu sucesso, criamos apelidos para ele, e usamos alguns tão conhecidos por gerações como “CDF, NERD, BAJULADOR e outros nomes que prefiro não citar aqui”. Na verdade quando ridicularizamos o nosso amigo, queríamos esconder nossa mediocridade, sabíamos que podíamos alcançar os mesmos objetivos que ele, no entanto ao invés disso preferíamos tornar sua conduta errada, para justificarmos nossos erros.
Isso acontece o tempo todo no mundo, olhe ao ser redor, você talvez tenha até participado voluntaria ou involuntariamente de alguma situação assim, na escola, no trabalho ou até sentado no sofá da sala em casa assistindo algum programa de TV, ou em uma piada recebida pelo smartphone.
Estes dias estava assistindo um canal humorístico no youtube, quando apareceram dois personagens vestidos de lençóis brancos em um cenário coberto de neblina, com um grande gramado verde  como plano de fundo, figurantes andavam bem devagar  quase em câmera lenta, vestidos com os mesmos lençóis os protagonistas nesse momento travavam um diálogo, que em seu desfecho fazia graça com a ideia de que no paraíso, céu ou eternidade tudo era tão devagar que até fugir de lá, a pessoa desistia e ficava por ali mesmo.
Eu dei algumas gargalhadas até que me dei conta do assunto que estávamos tratando ali, olhe, não sou contra o bom humor, muito menos contra uma boa e inteligente piada, mas quando me dei conta percebi que eu participava ali do deboche, da maior prioridade e objetivo da minha vida. Que ao absorver aquelas ideias tão bem construídas ali naquela piada, eu transformava aquelo que acredito ser o meu destino eterno em uma piada, uma fábula ou apenas uma utopia.
Quando se fala em céu, paraíso ou eternidade qual a primeira coisa que vem a sua cabeça? Pense bem e responda só mentalmente, por acaso sua lembrança tem haver com anjos gordinhos, nuvens brancas, gramados verdes, e pessoas andando de branco em câmera lenta com cara de paisagem. Pense bem, nenhum destes elementos vem a sua mente quando abordamos este tema? Não é esta imagem que associamos ao falarmos sobre paraíso?
Hoje muita gente fala de paraíso, céu e eternidade, tem gente inclusive se matando por aí acreditando que isto pode leva-lo a algum tipo de paraíso., com muitas virgens e um grande banquete eterno, com é o caso de alguns seguimentos religiosos orientais. No entanto, aqui no ocidente temos tão pouca consciência do que realmente será este paraíso, que muita gente tem perdido a vontade e o desejo de estar neste lugar um dia.
O céu se tornou algo tão abstrato pra gente, que é difícil explicar o que vai ser isso, e o que vamos fazer lá por tanto tempo como a eternidade. Afinal pra sempre é tempo pra caramba!
Conseguiram ridicularizar o paraíso, e transforma-lo em uma ideia tão abstrata e caricata, que tira o crédito daquele que defende o desejo de querer estar lá um dia. Mais que isso se transformou em uma utopia tão grande viver eternamente em lugar tão surreal que paramos de levar a sério a possibilidade de um dia isso realmente acontecer.
Pregamos sobre isso, falamos sobre isso, entregamos livros e estudos que falam sobre isso, mas vivemos como pessoas que não acreditam na eternidade, gente que vive o carpem die, e faz da cultura de aproveitar o máximo desta vida pois ela é curta uma filosofia de vida. Vivemos como se tudo que valesse a pena estivesse aqui, e não como se a vida aqui fosse uma pequena parte de nossa eterna trajetória futura.
Jesus viveu aqui 33 intensos anos, talvez alguns vivam o triplo deste tempo e não experimentem o que ele experimentou, No entanto, nunca perdeu de vista seu objetivo final, sua missão, sua razão de viver, e foi ela que norteou todas suas ações e vivências.
Cristo nos dá um exemplo de que ser cristão não é viver uma vida morna e sem intensidade, pelo contrário é viver intensamente esta vida sempre como meio que nos conduza ao objetivo e foco final de nossa existência que no caso Dele era nossa salvação e no nosso a eternidade.
Uma eternidade não só de contemplação passiva, mas onde trabalharemos, construiremos, aprenderemos com Deus e uns com os outros, poderemos nos relacionar e conhecer pessoas de outras épocas e gerações relembrarão histórias de heróis agora contadas por seus protagonistas. Enfim existe uma extensa lista de fatos e atividades que a bíblia e minha imaginação me autoriza a elencar, e uma ainda maior que eu não consigo conceber com minha mente finita e limitada, mas que com toda certeza Deus já tem preparada para os que estiverem com Ele na eternidade.
Por isso quando contarem novamente um piada sobre o céu, ou tentarem ridiculariza você por acreditar nessa esperança bendita, não sorria do deboche, mas feche os olhos por um instante e deixe sair sim um sorriso de contentamento em pensar que neste caso a realidade será bem melhor que a imaginação.

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